USP afirma que está tomando 'as providências cabíveis para esclarecer os pontos que embasaram a decisão do juiz'
Dunne foi um dos punidos por uma ocupação de salas da Coordenadoria de Assistência Social (Coseas) iniciada em março de 2010. A ocupação pedia mais vagas para moradia estudantil. Até o mês passado, o grupo permanecia no local, que foi esvaziado no carnaval por ação policial de reintegração de posse.
Na decisão, o juiz pede à USP que esclareça melhor os motivos da expulsão. Reforça ainda que a universidade deve considerar que o ocupação se tratava de ato político. "A própria comissão admitiu ter tido um fim político (a invasão e a ocupação buscavam compelir a Universidade de São Paulo a criar mais vagas para seus alunos)", cita a decisão.
Em nota, a USP afirma que "está tomando as providências cabíveis para esclarecer os pontos que embasaram a decisão junto ao juiz".
A universidade defende que as expulsões foram resultados de um processo administrativo disciplinar, concluído em dezembro do ano passado. "Não apurou simplesmente a ocupação, mas sim outras ações graves, como desaparecimento de prontuários com informações sigilosas", afirma texto publicado pela assessoria de imprensa da universidade.
Cinco dos seis expulsos entraram na Justiça contra a decisão. Desses, três perderam a liminar e uma das ações aguarda despacho do juiz.
O Estado de S. Paulo